Notícia de 26/7/2018
Os avanços da neurociência estão fazendo com que os cientistas entendem cada vez mais o funcionamento do cérebro humano. Hoje com a ressonância magnética e o eletroencefalograma, podemos analisar que gatilhos ativam as mais diversas partes do cérebro.
Quando tropeçamos e conseguimos nos reequilibrar sem cair, todas as reações necessárias para recuperar o equilíbrio acontecem muito rapidamente, de forma automática. Isso mostra como nosso instinto é mais veloz e como ele tem o poder de tomar o controle da situação antes mesmo da gente se dar conta.
Para a arquitetura, o melhor entendimento do cérebro, principalmente dos pensamentos que estão abaixo do nível da consciência, pode ajudar os arquitetos a projetarem edifícios que impactem seus usuários de forma ainda mais profunda.
A compreensão do instinto de sobrevivência, das emoções, da plasticidade cerebral, entre outros, vai fazer com que a arquitetura seja uma ferramenta de transformação de comportamentos ainda mais eficiente. Edifícios serão projetados não apenas levando em consideração à estética e a funcionalidade, mas focando nos impactos gerados no nosso inconsciente.
A Neuroarquitetura tem mostrado que não existem fórmulas prontas a serem seguidas. Um ambiente eficiente de trabalho só pode ser criado quando os arquitetos sabem quem são os profissionais que ocuparão aquele espaço e qual a tarefa que será executada ali. Ainda assim, existem algumas características do ambiente construído que resultarão em impactos positivos independente do tipo de tarefa a ser executada no escritório.
O contato com a natureza (biofilia) e a diversidade sensorial e de ambientes são exemplos disso. A escolha de materiais, a organização do layout e a criação de ambientes alternativos de ocupação são pontos chave no projeto de um espaço de trabalho saudável e eficiente.
Um ambiente estimulante incita o cérebro a formar novas conexões e a buscar alternativas diferentes para realizar tarefas e solucionar problemas. Isso impacta diretamente não só no ritmo de produção, mas em sua qualidade.
Fonte: Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Tocantins