Notícia de 12/5/2015
O Laboratório Future Cities de Cingapura está conduzindo um estudo que busca determinar a gama completa de aplicações do bambu na construção civil. A pesquisa está revelando a real condição do material como elemento de estrutura para edificações.
O bambu já se mostrou viável para a construção civil, devido a sua resistência, flexibilidade e por seu baixo impacto gerado em seu cultivo. Em países asiáticos e americanos, como China, Equador e Colômbia, a técnica já é bem desenvolvida e utilizada até para pontes e edifícios de pequeno porte. No Brasil, a preocupação já começou, mas, a prática ainda é escassa.
Esta substituição pode ser uma boa alternativa para países sem condições de fabricar em quantidade satisfatória materiais como aço e concreto e ainda atender a demanda. Abundante, renovável e extremamente resistente, o material tem um enorme potencial para se tornar no futuro um substituto do aço.
Nos estudos de resistência e tração realizados, o bambu se mostrou extremamente eficiente, superando a maioria dos outros materiais testados, incluindo o aço reforçado. Isso foi possível devido a sua estrutura oca e tubular que evoluiu ao longo de milênios para resistir às intempéries naturais.
Além de suas vantagens de usabilidade, o bambu ainda oferece uma fácil colheita e transporte, o que o torna economicamente mais viável. Outra característica é a sustentabilidade, já que sua extração é bem menos impactante do que a do metal.
De acordo com a equipe do Future Cities Laboratory, o material mais adequado seria os fios de bambu comprimidos e processados com uma substância colante. O resultado das pesquisas com o compósito foi promissor, resultando em um produto com maior durabilidade e alta resistência à tensão. A metodologia de análise envolveu o uso de fios de fibra das seções superior, inferior e média de um bambu chinês, com cinco anos de cultivo.
Elas foram unidas por uma resina a base de água, com baixa volatilidade em compostos orgânicos, e carbonizadas para eliminar o açúcar e a água presentes na planta. O passo seguinte foi compactar os fios em um molde, formando diferentes desenhos e espessuras. O FCL destaca que prensas quentes e frias estão sendo avaliadas nesse processo.
Fonte: Celulose Online