Notícia de 25/1/2016
Quantos de nós usamos plástico na cozinha? Aquele que embala alimentos, potes, lanches… E depois de usados, para onde vai todo esse lixo? Pensando neste tipo de situação e zelando pela preservação dos recursos naturais que pesquisadores brasileiros fizeram uma obra prima da ciência e da sustentabilidade.
O material criado não é derivado do petróleo e tem como base e sabor frutas e legumes. Entre as matérias-primas utilizadas estão beterraba, mamão, maracujá, goiaba, espinafre, tomate… Assim ajudando também a diminuir o desperdício de alimentos, podendo utilizar aqueles mais maduros ou os próprios restos da comida.
“Nós conseguimos desenvolver uma formulação que alia as propriedades de flexibilidade dos plásticos comerciais sintéticos com as propriedades nutritivas do alimento”, explica o coordenador da pesquisa, Luiz Henrique Mattoso, ao Jornal Nacional.
As películas podem ser usadas para a conservação e para o preparo de alimentos. O “plástico” é comestível e biodegradável, uma vez que se decompõe em até três meses e ainda pode ser utilizado como adubo ou reaproveitado na rede de esgoto.
E para quem ainda duvida da sua capacidade, o material consegue conservar os alimentos pelo dobro do tempo do plástico convencional, que tem como agravante os 400 anos que ele demora para se decompor na natureza. Além disso é três vezes mais resistente.
A pesquisa foi desenvolvida no laboratório de nanotecnologia da Embrapa, uma empresa brasileira de pesquisa agropecuária localizada em São Carlos, SP. Foram 8 anos de estudos e cerca de 200 mil reais de investimento. Um exemplo para lá de inspirador que mostra que vale a pena investir na educação e no meio ambiente para que nosso país e nossas vidas sejam ainda melhores.
Fonte: Casa da Sustentabilidade